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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rancor noturno

Neste medíocre estado de ser
devo eu sucumbir na solidão
desonrei o meu nome
quando resolvi te renegar
ser indulgente
capaz de sempre me perdoar
e diante do padecer
de cada dia
devo eu a minha vida
renunciar
não espero depois de tanto
sofrimento
um dia a vida me recompensar
pessoa indigna eu sou
incapaz de me recuperar
de um rancor noturno
que sempre vem me visitar
e traz com ele muitas lágrimas
num sentimento culposo
de nunca mais poder
te abraçar


2 comentários:

  1. Entre as sombras do meu aconchego
    Procurei por sua alma
    Guiada pelas vozes da escuridão
    Alucinada pela luz de seus olhos
    Senti na pele um arrepio
    Sua alma fria me tocava
    E me puxava para o além
    Num submundo de pecados
    Onde ninguém mais respirava
    Enfrentei os deuses das profundezas
    E sua alma me esqueceu
    Fui deixada para trás
    Abandonada na penumbra da noite
    E esquecida na memória
    Daquela alma que não tem paz
    Reneguei a minha vida
    Para contigo permanecer
    Mas acordei e me vi só
    Em mais um amanhecer

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