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PLÁGIO É CRIME



POEMAS REGISTRADOS




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pensamento obscuro

O caminho sem volta
me traz novamente
uma triste revolta
foi-se o meu caminho
foi-se o meu tempo
Perdidos na brisa noturna
cravada num pensamento obscuro
Sepultado com o desejo
de te ter aqui outra vez
batendo na minha porta
deixando para trás
o caminho sem volta
um amor sem revolta

Delírio real

Posso tocar os meus sonhos
como um delírio real
mesmo com a alma pesada
ainda posso flutuar
Aproximo-me dos meus desejos
me inspirando sempre em você
Mato a minha realidade
apenas para viver em ti
respirar através de seu corpo
Posso te possuir
para chorar contigo
chorar por este amor
Este amor tão impossível
Viverei para sempre
em todos os seus sonhos
Te protegendo dos pesadelos
Posso te tocar
Posso te amar
Para sempre, nos sonhos
Num delírio real


Prisioneira do caixão

Falta-me o ar
nesta doente escuridão
sem um espaço vital
onde não cabe todo o meu ódio
Prisioneira do caixão
minha vida interrompida
Falta-me a esperança
de dias melhores
Estou viva, estou morta
Sentindo uma chuva
de flores sobre mim
flores que não posso tocar
Prisioneira imóvel
Neste caixão que me sufoca

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minha depressão, meu suicídio

Minha existência se assemelha
À sensação estranha de morbidez
Respirar e me sentir morta
Morrer a cada sentimento diário
E ainda estar viva
Minha vida é motiva
Pelo prazer em pensar que logo
Finalmente morrerei
E minha morte acontecerá
Por culpa de uma doença maldita
Que me mata a cada dia

Coração amargurado

Faço poemas
Como quem chora
Por um amor perdido
Levo a minha vida
Como quem está prestes
A jogar tudo pro alto
E esquecer que um dia
Fui digna de ser amada
Me coloco em silêncio
Como quem sangra
De tanto sofrer
E me despeço do mundo
Como quem morre de desgosto
E carrega no peito
Um coração amargurado

Vida injusta

Na vida nada espero
Eu vivo pra morrer
E durmo pra esquecer
Esquecer tanto sofrimento
Tanto desgosto
Que essa vida já me causou
Vivo dias de pesadelo
Dias que eu passo vegetando
Se não consigo mais sorrir
É porque essa maldita vida
Só me dá motivos para chorar
Chorar de tristeza
Chorar de raiva
E de tanto chorar
Já não tenho mais tantas lágrimas
Às vezes, eu choro à seco
Dos meus olhos lágrimas não saem
Mas em meu pensamento
Eu sempre me afogo
E me canso de tanto lamentar
Vida injusta
Que apesar de tudo
Ainda me obriga
a permanecer aqui


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Definhando

Bate em meu peito cansado
um coração desiludido
Apenas um orgão vital
para a minha medíocre existência
Enquanto os dias passam
ele adoece e meu corpo enfraquece
Angustiando o meu espírito
que se vê obrigado a definhar
E me entristece pensar
que nunca direi a mim mesma
o quanto valeu a pena
sangrar e sentir dor


Alma penada

Viver torna-se impossível
quando a alma adoece
tenho plena consciência
de que estou no fundo do poço
e não há corda o suficiente
para me resgatar
Mesmo na calada da noite
quando todos adormecem
sinto o imenso desprazer de estar viva
Doença da alma
doença do dêmo
não há prece que cure
tamanha desgraça
estou apenas vegetando
entorpecida pela vida
sem saber para onde ir
sem saber o que represento
e quando morrer
serei mais uma alma penada



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Lar, doce lar

Cabisbaixa saio de casa
Para a luz do dia presenciar
E nessa façanha em que me submeto
Não deixo o ar puro me contagiar
Lar, doce lar
Queria poder em casa sempre permanecer
E a fumaça do meu cigarro inalar
Olhar para as paredes e enlouquecer
E quem sabe talvez
Até me suicidar
E antes do dia terminar
Devo eu ao meu doce lar retornar

Vício

No desespero profundo
Em que me perdi
Afoguei o meu amor
Na tristeza de uma lágrima
Uma lágrima fria
Que nem o sol faz evaporar
Na angústia torturante
Do meu trágico ser
Matei minha felicidade
Na melancolia da saudade
Que nem o brilho da lua
Me faz esquecer
Tudo que me resta é solidão
E o que me faz viver é ilusão
Sentimento que me alimenta
E transforma minha depressão
No vicio de cada dia